O trabalho como uma espécie de escravidão contemporânea

colunistas Mayele Brandão

Por Mayele Brandão ( Portal Ipirá City) – Sexta, 7 de agosto de 2020

Ao falar de contemporaneidade faz-se referência a uma realidade, que é caracterizada pelo consumismo excessivo no mundo moderno, onde o tempo tornou-se insuficiente, e a logística gira em torno do acumulo de ter objetos de forma insaciável buscando o ideal de felicidade, para isso faz com o que homem pós-moderno trabalhe cada dia ainda mais (LIPOVETSKY E CHARLES, 2004).

Nesse cenário, observa-se na sociedade atual um processo dialético, ou seja existem um conflito originado pela contradição entre os princípios acerca do trabalho, onde este é visto nos dias atuais pela grande maioria dos trabalhadores como algo imprescindível e indissolúvel, não conseguindo muitas vezes estabelecer limites e administrar seu tempo de forma a passar a maior parte dele com atividades laborais.

Isso faz com que essas pessoas muitas vezes, negligenciem a sua saúde, o seu bem-estar para alcançar a suposta “felicidade”, o que em muitos casos os tornam reféns de seu trabalho, e expõem os trabalhadores a situações de desgastes físicos, psíquico e emocionais.

Por conseguinte, a Psicóloga Mayele Brandão levanta o seguinte questionamento: Até que ponto o trabalho pode ser considerado escravo atualmente?

E a partir dessa indagação foi realizado um estudo de caráter bibliográfico e abordagem quantitativa, pela Psicóloga Mayele Brandão e o Psicólogo Daniel Alberto, com o intuito de contribuir para ampliação do conhecimento, e a compreensão dos impactos que o trabalho podem ocasionar na saúde dos trabalhadores.

Estimular reflexão na sociedade, tendo em vista que as suas escolhas e atitudes estão estritamente relacionada em como administrar essa relação, é um dos objetivos desse estudo.

Ademais, segundo Mayele, verificou-se que o trabalho é considerado escravidão na contemporaneidade quando os trabalhadores por motivos pessoais ou externos submetem ao excesso de trabalho para ao alcançar a suposta felicidade que a sociedade capitalista promete com o consumismo.

Além disso, de acordo com Mayele, foram encontradas evidências de que esse excesso traz danos à saúde do trabalhador como transtornos mentais, físicos e psicossociais e cabe ao trabalhador escolher até que ponto vale a pena ser escravo do trabalho.

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