Proteção de crianças menores de 5 anos da covid-19 depende do uso de máscaras por pais e educadores

Ciências Covid-19 saúde

O pesquisador Braian Sousa diz que a vacinação seria a melhor maneira de conter esses óbitos e o uso de máscaras é fundamental principalmente por adultos que estejam próximos ao bebê

Radio USP

Domingo, 17 de julho de 2022

O Brasil registra, em média, duas mortes de crianças menores de 5 anos por dia de covid-19. O mais surpreendente é que isso ocorre desde o início da pandemia, em 2020, segundo levantamento do Observatório da Primeira Infância, coordenado por pesquisadores do Laboratório de Informação em Saúde da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Em 2020, foram 599 óbitos e 840 mortes em 2021, em decorrência do novo coronavírus. O pesquisador e médico pediatra Braian Lucas Aguiar Sousa, da Faculdade de Medicina da USP, explica que os números estão chamando atenção porque, antes da vacina, o olhar era para a morte de adultos. Com a população vacinada e o número de mortes caindo, o foco agora são as crianças, mas o pesquisador destaca que as mortes nunca registraram redução.  

Braian Lucas Aguiar Sousa – Foto: Reprodução

Sousa diz ainda que houve um aumento natural de internações de crianças não só por covid, mas também por outras doenças respiratórias nesses últimos meses, em função do outono e inverno. O relatório da Fiocruz mostra que as crianças mais vulneráveis são as que têm idade entre 29 dias  até 1 ano. Os bebês dessa faixa etária respondem por quase metade dos óbitos. 

O uso de máscaras é fundamental principalmente por adultos que estejam próximos ao bebê.  Já no caso de crianças com mais de 2 anos, devem, sim, usar máscara, sobretudo em escolas. A vacinação ainda é a melhor maneira de proteger as crianças de qualquer doença, não só da covid. Nos Estados Unidos, já existem duas vacinas para combater a covid-19 para essa faixa etária, mas esses imunizantes ainda não estão disponíveis no Brasil. A Anvisa ainda avalia a liberação da vacina da Pfizer para menores de 5 anos no País. 

Fonte: Jornal USP

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