Mulheres protestam na Avenida Paralela, uma das principais de Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia

Protestos interrompem trânsito na Avenida Paralela, uma das principais de Salvador, na manhã desta sexta-feira

Bahia

Primeira manifestação, que aconteceu na pista marginal que dá acesso a Estação Mussurunga, terminou antes das 8h. Depois, outro grupo fechou a pista principal, na altura do Parque de Exposições.

Dois protestos causaram transtornos no trânsito de diferentes pontos da Avenida Paralela, uma das principais de Salvador, na manhã desta sexta-feira (8).

Mulheres protestam

Mulheres integrantes de coletivos, movimentos sociais e populares ocupam um trecho da via na altura do Parque de Exposições, no sentido Aeroporto, em denúncia e protesto contra as violências que acontecem no estado.

Alguns dos casos citados em cartazes são os assassinatos da Mestra Nega Pataxó, durante um ataque de fazendeiros na Fazenda Inhuma, na região de Potiraguá, no sul da Bahia, e Mãe Bernadete, líder quilombola que há anos também reivindicava território e tinha perdido o filho, também morto a tiros.

As mulheres chamam atenção ainda sobre o “genocídio do povo palestino” e destacam a importância da mobilização contínua, não apenas no Dia Internacional da Mulher, mas todos os dias, na luta por justiça social, igualdade, equidade e dignidade, com esperança e determinação. 

Passageiros fecham Estação Mussurunga

Por volta das 6h20, passageiros que usam a linha 808 – Camaçari/Terminal Mussurunga, fecharam o acesso à Estação Mussurunga para cobrar melhorias no serviço.

Por causa do protesto, que começou 6h20, a pista marginal de acesso ao terminal ficou congestionada, mas foi liberada por volta das 7h30. Os passageiros reclamaram da demora para os ônibus saírem do local, superlotação e frota sucateada, além da insegurança.

“Diariamente somos desrespeitados, têm pessoas que estão aqui desde 6h e até agora só mandaram um ônibus. São ônibus quebrados, sucateados, que não cumprem os horários”, contou uma passageira que participou da manifestação.

“Infelizmente tivemos que paralisar as atividades aqui na Estação Mussurunga, o nosso movimento não é para prejudicar os trabalhadores, mas o atraso não aconteceu só hoje, é diário, tem mais de quatro meses”, desabafou.

Os passageiros contaram ainda que fizeram diversas reclamações para a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba). No entanto, não tiveram respostas.

“A funcionária, que nos atende por telefone, informa que é só uma pessoa que liga, mas não, todos os dias alguém reclama e eles não fazem nada. Sou chamada a atenção no trabalho por chegar atrasada, estamos todos à mercê dessa empresa Avanço, que, na verdade, é um retrocesso”, reclamou uma passageira.

Equipes da Polícia Militar e da Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador) foram ao local e organizaram a liberação da entrada do terminal.

“A gente pediu que eles formem uma comissão, para alegar as necessidades deles e a gente possa tentar atender, juntando os entes envolvidos, para que chegue a uma solução e isso não fique se repetindo”, afirmou um funcionário da Transalvador.

Também na manhã desta sexta, passageiros da mesma linha protestaram na região do centro administrativo de Camaçari após um ônibus, que saiu da rodoviária às 6h25, quebrar no local.

A linha Camaçari-Terminal Mussurunga é uma das principais do sistema metropolitano e transporta 58.258 mil passageiros por mês, de acordo com a Agerba. O serviço é operado pela empresa Avanço. O g1 entrou em contato com ela e aguarda posicionamento sobre o caso

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Fonte: G1 Bahia