Protocolos de segurança contra a Covid-19; como se proteger

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Após Belo Horizonte tornar obrigatório o uso de máscara em espaços fechados, os protocolos de segurança contra a Covid-19 se reforçam novamente

Desde o dia 14, a prefeitura de Belo Horizonte tornou obrigatório o uso de máscaras em ambientes fechados. A medida foi tomada para conter o avanço da Covid-19 que continua com altas taxas de contaminação em todo o país. A ação da prefeitura de BH pode significar o retorno de protocolos mais severos de segurança, em diferentes lugares do Brasil.

De acordo com o infectologista Dr. Bernardo Almeida, mestre em doenças infecciosas pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), o afrouxamento das medidas de contenção do vírus e a queda da imunidade da população são especialmente responsáveis pelo aumento no número de casos que vemos agora. “O surgimento de novas variantes acelera ainda mais a queda da imunidade. Esses fenômenos têm ocorrido em várias cidades e estados, o que justifica o surgimento da nova onda que está ocorrendo”, complementa.

Isso quer dizer que as vacinas não são eficazes?

É importante destacar que as vacinas nos protegem dos quadros mais graves da doença, mas não são capazes sozinhas de impedir a transmissão. “A vacinação tem se mostrado bastante eficaz na prevenção de casos graves, como hospitalizações e óbitos. Em relação à infecção, a eficácia cai muito rapidamente e isso explica porque ocorre infecção mesmo em vacinados”, relata o médico.

O médico explica que, mesmo com boa parte da população vacinada e com menores chances de complicações, ainda é possível ocorrer a transmissão. Ele destaca ainda que há indivíduos que não se vacinaram, portanto estão mais suscetíveis às evoluções da doença.

Para quem ainda não se vacinou, o Dr. Bernardo recomenda atualizar o esquema vacinal. “Mesmo que a eficácia da vacina mantenha-se alta para hospitalizações e óbitos, ainda há uma queda ao longo dos meses. Já está comprovado que as doses de reforço resgatam a eficácia perdida ao longo do tempo”, adverte.

E a máscara?

Mesmo que ela volte a ser obrigatória em espaços fechados em todo o território nacional (o que ainda não está previsto), o infectologista acredita que é pouco provável que precisemos voltar a usá-la em espaços abertos. 

“O risco de transmissão em espaços abertos é muito baixo. Além disso, as repercussões da alta circulação viral são menores hoje comparadas a 2020 e 2021, quando o impacto individual e coletivo do vírus era maior, devido às maiores complicações da infecção”, explica.

Contudo, como destaca o especialista, a Covid-19 ainda está entre as 10 principais causas de óbito no Brasil. ‘Medidas de contenção como uso de máscaras possuem poucos efeitos colaterais e contribuem para a redução da transmissibilidade nesses períodos de maior intensidade da circulação viral”, destaca. 

“Esperamos que essas repercussões se reduzam ainda mais com a maturidade imunológica da população e novas vacinas. Desta forma, há perspectiva de que tais medidas, ainda úteis no atual momento, não sejam mais necessárias”, finaliza o médico.

Fonte: Dr. Bernardo Almeida

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