Por DW Brasil – Domingo, 20 de setembro de 2020
Pessoas que testarem positivo para covid-19 e violarem ordem de ficar em casa podem ter que pagar multa de até 10 mil libras. País vem passando por aumento rápido de novos casos nas últimas semanas.
Os britânicos que não cumprirem o autoconfinamento em caso de contágio pelo coronavírus serão multados em até 10.000 libras esterlinas (cerca de R$ 70 mil reais), anunciou o governo neste sábado (19/09) ao apresentar novas regras para tentar reduzir o crescimento de casos de covid-19.
O primeiro-ministro Boris Johnson, que declarou nesta semana que o Reino Unido enfrenta a segunda onda do novo coronavírus, introduziu novas restrições para os habitantes das regiões norte, noroeste e centro da Inglaterra, as mais afetadas no momento.
Entre essas medidas, o governo introduziu a obrigatoriedade legal de autoconfinamento a partir do dia 28 de setembro para pessoas que testaram positivo ou caso o Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) solicite.
“A melhor maneira de combater o vírus é que todos sigam as regras e se isolem caso corram o risco de transmitir o coronavírus”, disse o primeiro-ministro.
“Ninguém deve subestimar a importância dessas medidas, as novas regras significam que você é legalmente obrigado a aplicá-las se tiver sido infectado ou se o NHS solicitar”, acrescentou.
O Reino Unido pede que as pessoas com teste positivo se isolem por 10 dias, enquanto aqueles que vivem com alguém com resultado positivo ou com sintomas devem ficar em casa por 14 dias.
Se as regras forem quebradas, eles vão impor multas que variam de 1.000 libras (R$ 6.960) a 10.000 libras se isso ocorrer repetidamente ou em casos mais graves.
Para encorajar que a população siga essas regras, pessoas de baixa renda podem receber um subsídio de 500 libras caso não possam trabalhar à distância durante a quarentena.
O Reino Unido foi o país europeu mais afetado pela pandemia, com quase 42.000 mortes registradas, e tem enfrentado um veloz aumento no número de novos casos nas últimas semanas.
“Estamos vendo isso na França, na Espanha, por toda a Europa. Temo que seja absolutamente inevitável acabarmos vendo isso neste país”, insistiu Johnson.
O primeiro-ministro britânico tem, no entanto, relutado em impor um novo confinamento total do país, onde alguns deputados conservadores já criticam as medidas tomadas.
JPS/rt/afp