Senado cobra do Planalto informações dos gastos com cartão corporativo

Brasil política

A Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (22/2), requerimento em que solicita informações ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, sobre os gastos do presidente Jair Bolsonaro (PL) com os cartões corporativos do governo federal.

O requerimento é de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), que defendeu não haver transparência do Executivo atual sobre as despesas pagas com os cartões. O parlamentar solicitou informações sobre os gastos realizados entre os anos de 2019 e 2021, incluindo nome, CPF e o CNPJ do portador e favorecido, respectivamente.

Contarato defendeu a necessidade da obtenção das informações em função de um recorrente “aumento considerável” no uso do dinheiro público.

“Levantando suspeitas não só sobre gastos eventualmente excessivos e/ou supérfluos, mas também sobre a intenção dos seus usuários, que sabem da (indevida) proteção que lhes garante o sigilo (igualmente indevido) imposto às informações com estes gastos”, completa o senador no pedido.

“Irresponsabilidade fiscal”

Ainda de acordo com o petista, pelo montante total levantado até o momento, é possível notar que o governo federal atual “utiliza os cartões corporativos de modo indiscriminado e com pouca responsabilidade fiscal, o que contrasta com a grave situação em que vivem as contas públicas”.

“Enquanto se cortam gastos para a proteção do meio ambiente e do patrimônio histórico-cultural do país e para políticas sociais destinadas à camada mais pobre da sociedade, os gastos com cartão corporativo só aumentam”, criticou o parlamentar.

O congressista afirma que entre 2019 e 2021 foram gastos, aproximadamente, R$ 30 milhões, um valor 19% superior ao despendido nos quatro anos do governo anterior, considerando as gestões dos ex-pesidentes Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).

Segundo Contarato, as despesas de 2021 alcançaram o valor de R$ 11,8 milhões, um valor superior ao montante anual registrado nos últimos oito anos.

Fonte: Metrópoles