Apenas 12% dos pacientes com asma controla a doença, que pode levar a óbito sem o tratamento adequado
A asma é uma condição crônica bastante comum. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a inflamação que atinge as vias respiratórias acomete 235 milhões de pessoas no mundo. Seus principais sintomas são dificuldade respiratória, tosse seca, fôlego curto, sensação de chiado e opressão no peito.
Causas da asma
A doença se manifesta em forma de “crises”. Por isso, seus gatilhos e a gravidade podem ser divergentes entre cada pessoa. “A asma não possui uma única causa, mas vários fatores podem aumentar o risco de desenvolver a doença”, diz Rafael Futoshi, pneumologista do Hospital Nipo-Brasileiro (HNipo).
Entre as principais causas da asma, conforme o médico, estão:
- Fatores genéticos e hereditários;
- Infecções respiratórias na infância;
- Obesidade;
- Alergias (poeira, pelo de animais, pólen);
- Tabagismo (tanto do próprio indivíduo, quanto o tabagismo passivo e o tabagismo materno durante a gestação);
- Contato com ácaros e fungos;
- Cheiros fortes;
- Fumaças;
- Exposições ocupacionais.
“Podemos destacar a poluição atmosférica, mudanças climáticas bruscas no mundo e contato com gases químicos como as principais responsáveis pelo aumento de casos de asma”, acrescenta o pneumologista.
Tratamento
O tratamento da asma tem três grandes objetivos: controlar os sintomas, prevenir crises e evitar o agravamento da doença. Assim, pacientes com asma não tratada adequadamente têm risco maior de desenvolver episódios mais graves.
“Isso pode levar à limitação das atividades, perda de produtividade no trabalho e faltas na escola, pior qualidade de vida, procura frequente a serviços de saúde e perda da capacidade pulmonar”, aponta o especialista do Hospital Nipo-Brasileiro (HNipo).
Existem diversas opções de tratamento disponíveis para asma com medicamentos orais e inalatórios, que ajudam no controle da doença. Além disso, causam poucos efeitos colaterais. Entre a variedade disponível hoje, a pneumologia destaca os corticóides e broncodilatadores inalatórios.
Além dos medicamentos, é importante evitar os agentes desencadeadores de crises para evitar qualquer risco. Por isso, recomenda-se manter o ambiente doméstico limpo, sem objetos que facilitem o acúmulo de poeira, bem como evitar a inalação de fumaça e cheiros fortes.
Alerta
Os sintomas podem ser leves, mas também podem se agravar, necessitando de atendimento de urgência, uma vez que a doença pode levar à óbito. De acordo com o DATASUS, em 2022, foram 83.155 internações pela doença e 524 óbitos registrados no Brasil.
O dado é alarmante, principalmente porque a maioria dos adultos não controlam a doença. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), apenas 12% dos pacientes asmáticos têm controle adequado para a asma.
“Os principais motivos para isso são desconhecimento sobre o diagnóstico de asma, dificuldade de acesso a serviços de saúde e aos medicamentos e abandono do tratamento após melhora dos sintomas”, finaliza o médico.
Fonte: Saúde em dia / © Shutterstock