Técnico de Senegal na Copa foi parceiro de Ronaldinho no PSG e venceu único título na carreira graças a Aloisio Chulapa

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Thiago D’Amaral e Vladimir Bianchini – Domingo, 4 de dezembro de 2022

Aliou Cissé entrou para a história ao garantir Senegal pela segunda vez nas oitavas da Copa do Mundo


Capitão de Senegal na histórica campanha da Copa do Mundo de 2002, Aliou Cissé segue fazendo história pela seleção como treinador. Neste domingo (4), às 16h (de Brasília), ele tentará, contra a Inglaterra, ampliar sua lista de feitos com os Leões de Teranga e colocar o time de novo nas quartas de final, como há 20 anos.

Fazer história tem sido uma rotina desde o início de sua carreira com a seleção, dentro ou fora dos gramados.

Nascido no Senegal, Cissé mudou-se para a França ainda na infância e começou a vida profissional no Lille. Depois, passou pelo Sedan até chegar ao PSG.

“Tive o prazer de conviver com ele dois anos e ficamos amigos de ir na casa um do outro. Sempre foi um cara determinado e jogava como zagueiro, volante ou lateral. Era muito bem quisto pelo grupo e um líder, sempre orientou os companheiros. Fico muito feliz de ver os amigos bem”, disse Christian, ex-atacante do time francês, ao ESPN.com.br.

“Ele era muito vibrante trabalhava muito durante a semana. Ele era muito participativo nos treinos e um líder. Não era tecnicamente superior, mas é um cara que precisa estar no grupo para puxar todo mundo para um nível acima”, explicou o brasileiro.

Além do centroavante, Cissé teve como um dos colegas de equipe – por um curto período – o craque Ronaldinho Gaúcho, que havia deixado o Grêmio no começo de 2001.

Eles chegaram a conviver durante alguns treinamentos, mas nunca atuaram juntos de forma oficial, pois Ronaldinho só estreou em agosto, quando Cissé curiosamente se transferiu por empréstimo ao Montpellier, equipe que tinha no ataque Roberto Assis, irmão do craque. Com ele, o senegalês chegou a jogar seis partidas pela equipe francesa.

Durante a carreira de jogador, Aliou Cissé venceu somente um título: a Copa Intertoto da Uefa de 2001. A competição, extinta em 2008, era composta por equipes da Europa que não se classificavam para a Champions League ou para Copa da Uefa (atual Europa League).

O PSG derrotou na final o Brescia, da Itália, que tinha Luca Toni e Roberto Baggio. Após um empate sem gols na França, as equipes empataram novamente por 1 a 1 na Itália. Os franceses venceram a competição graças ao gol marcado fora de casa por Aloísio Chulapa, aos 29 minutos do segundo tempo. Baggio empatou para os italianos em cobrança de pênalti.

Curiosamente, a Intertoto tinha três campeões por edição, que ganhavam vaga na Copa da Uefa da temporada 2001-02: Aston Villa, Paris Saint-Germain, e Troyes.

Pela seleção de Senegal, ele foi o capitão da equipe na Copa do Mundo de 2002. Depois de uma histórica vitória na estreia sobre a França, então campeã mundial, ele ajudou a equipe a chegar até às quartas de final da competição, caindo para a Turquia. Até hoje essa é a melhor campanha de uma seleção africana no torneio.

No mesmo ano, ele foi vice-campeão da Copa das Nações Africanas, mas perdeu um pênalti durante a disputa que terminou com derrota senegalesa para Camarões. Antes de pendurar as chuteiras pelo Nimes, em 2009, Cissé passou por Birmingham CityPortsmouth e voltou ao Sedan.

Depois de abandonar os gramados, Cissé foi auxiliar e técnico da seleção sub-23 até assumir a equipe principal, em 2015. Ele conseguiu classificar a equipe para a Copa do Mundo de 2018, a primeira do país após 16 anos. No entanto, o time africano caiu ainda na primeira fase.

Além disso, ele foi vice da Copa Africana de Nações em 2019 e venceu o torneio em fevereiro de 2022, ao derrotar o Egito por 4 a 2 nos pênaltis. Foi o primeiro título da seleção principal na história – o país já venceu o Mundial sub-20.

O treinador também conseguiu levar Senegal para a Copa no Qatar e classificou para as oitavas de final pela primeira vez após 20 anos.

“Está fazendo um belo trabalho na seleção e conseguindo feitos históricos. Não me surpreende o que ele tem feito. Vendo Senegal, a equipe tem a cara dele quando era jogador. É um time trabalhador e que se dedica ao coletivo”, finalizou Christian.

Fonte: ESPN Brasil

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