Texaco, controladora do Grupo Ultra que é dona do Ipiranga, enfrenta dívidas e investigações

Bahia Brasil justiça

Sexta, 4 de abril de 2025

A Texaco retornou ao Brasil depois de 19 anos e inaugurou seu primeiro posto de serviços do país em Palhoça, na Grande Florianópolis, em outubro de 2024. O parceiro autorizado da marca em Santa Catarina, é a Rede Galo. 

A empresa norte-americana voltou ao Brasil por meio de um contrato de licenciamento entre o Grupo Ultra, dono da Ipiranga, que fechou contrato de licenciamento com a Chevron e será responsável pela comercialização e venda de combustíveis Texaco com tecnologia Techron.

Entretanto, a questão é se a Texaco vai conseguir chegar perto do mesmo número de postos que possuía em 2008, quando tinha 2 mil unidades em operação.

Em uma publicação no portal Meio e Mensagem, a vice-presidente de marketing e desenvolvimento de negócios da Ipiranga, Barbara Miranda, afirmou que após o posto em Palhoça, “o objetivo seria expandir para grandes centros urbanos, em especial Rio de Janeiro e São Paulo, ao longo de 2025”.

A dúvida é que estamos terminando o primeiro trimestre de 2025 e não há sinal de novos postos da marca, principalmente, no sudeste do país.

Vale ressaltar ainda que a Chevron-Texaco tem um processo de quebra de contrato movido por uma distribuidora baiana, desde 2012. A Texaco enfrenta pendência milionária e condenação judicial, incluindo uma ação de 60 milhões de reais condenada em primeira e segunda instância no âmbito do Tribunal de Justiça da Bahia, e recorrida no Superior Tribunal de Justiça.

Além disso, foi aberta uma investigação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), autarquia federal brasileira, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, componente do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, ao lado da Secretaria de Acompanhamento Econômico.

Será que a marca Texaco terá confiança suficiente com seus parceiros no mercado local, tendo uma dívida tão expressiva no Brasil? Isso pode gerar insegurança em novas propostas de contratos com revendedores autorizados? Será que investidores mundiais como BlackRock e a Berkshire Hathaway estão preocupados?

Conforme o marketing da empresa, “a estratégia é que a marca seja percebida, valorizada e ativada localmente”. Contudo, teremos que esperar pra ver se realmente a saudosa empresa do ramo petrolífero terá um retorno de sucesso, afinal, já se passaram cinco meses, e apenas uma unidade foi inaugurada.

Fonte: Frank de Castro/NoticiaBahia/Fotos: Divulgação / Chevron/Texaco / Fotomontagem: Notícia Bahia

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