Na ‘prévia’ do PIB, Banco Central aponta crescimento de 2,15% da economia em julho

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Mês é o terceiro consecutivo de alta. Indicador, porém, aponta contração do PIB de 5,77% nos primeiros sete meses de 2020 e queda de 2,90% nos últimos 12 meses até julho.


Por Alexandro Martello, G1 — Brasília

14/09/2020 09h02  Atualizado há 54 minutos


A economia brasileira cresceu pelo terceiro mês seguido em julho, segundo números divulgados nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), apontou crescimento de 2,15% em julho, na comparação com junho. O número foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes.

  • Com o crescimento, o indicador atingiu 130,85 pontos em julho, mas ainda permaneceu abaixo do patamar de antes da pandemia do novo coronavírus, em fevereiro (140 pontos).
  • Também foi registrada desaceleração no ritmo de alta na comparação com junho, quando a economia avançou 5,32%.

Evolução do IBC-BrEm %, na comparação com o mês anterior (após ajuste sazonal)-1,19-1,19-0,16-0,16-0,16-0,160,630,630,530,53-0,79-0,790,440,440,460,460,340,340,010,01-0,26-0,260,090,090,510,51-5,89-5,89-9,37-9,371,861,865,325,322,152,15FEV/19MAR/19ABR/19MAI/19JUN/19JUL/19AGO/19SET/19OUT/19NOV/19DEZ/19JAN/20FEV/20MAR/20ABR/20MAI/20JUN/20JUL/20-12,5-10-7,5-5-2,502,557,5Fonte: Banco Central

Na comparação com julho do ano passado, porém, o indicador registrou uma contração de 4,89%, informou o Banco Central.

Os resultados do IBC-Br, neste ano, refletem os efeitos da pandemia do novo coronavírus, sentidos com maior intensidade na economia em março e abril. De maio em diante, os números mostram o início de uma reação.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo dados do IBGE, o PIB brasileiro caiu 9,7% no 2º trimestre, na comparação com os 3 primeiros meses do ano, devido ao impacto da crise do coronavírus.

Os economistas das instituições financeiras projetaram, na semana passada, uma queda de 5,11% para o resultado do PIB e 2020. Em julho, o governo brasileiro manteve a expectativa de queda de 4,7% para o PIB de 2020. Já o Banco Mundial prevê uma queda de 8% e, o Fundo Monetário Internacional (FMI), estima um tombo de 9,1% em 2020.

  • No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, de acordo com a instituição, o índice de atividade econômica do BC registrou uma redução de 5,77% – sem ajuste sazonal.
  • Já em 12 meses até julho de 2020, os números do Banco Central indicam uma queda de 2,90% na prévia do PIB – também sem ajuste sazonal.

PIB x IBC-Br

Os resultados do IBC-Br são considerados uma “prévia do PIB”. Porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto.

O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.

Atualmente, a taxa Selic está em 2% ao ano, na mínima histórica, e o Banco Central indicou, no comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), cautela na análise de novos cortes de juros.

Fonte: Globo

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