A luta das mulheres para o reconhecimento na produção cientifica, da antiguidade até hoje

colunistas Gilmar Cigano

Por Gilmar Cigano ( Portal Ipira ) – Sexta, 9 de outubro de 2020


Referência ao prêmio Nobel de química 2020

        Durante a existência da civilização e da história cientifica as mulheres eram afastadas das atividades cientificas, seja pela cultura ou pelas leis existentes em cada nação que impediam o ingresso as instituições de ensino e de ciência.

         Durante um tempo durante e depois da idade media (feudalismo e renascimento), o conhecimento cientifico era atribuídos a bruxarias por que o conhecimento era dominado pela igreja e quem praticava era taxado como bruxas e bruxos passando por um julgamento e geralmente era condenado pela inquisição a ser queimado na fogueira.

         E com o renascimento ouve uma crescente e vastas produção cientifica, dominadas pelos homens que até hoje ainda o campo da ciência tem a tendência machista, então as mulheres eram deixadas de lado e não poderiam produzir conhecimento cientifico. 

         Mais como toda luta louvável das mulheres e muito sacrificantes, algumas delas lutaram contra essas exclusões e marcaram presença nas ciências exatas, na medicina, na filosofia e nas ciências humanas, contradizendo teorias que pregavam dificuldades especificamente femininas para se dedicar aos estudos e às atividades intelectuais. 

       E essa ideia perdurou por grandes filósofos como Kant, Darwin, Rousseau, e outros diziam que o sexo feminino era intelectualmente inferior.

Foi contrariando essas ideias e o fato de que a grande maioria das moças era iletrada até o início do século XIX que algumas astrônomas, matemáticas, médicas, físicas e químicas marcaram os nomes na história com descobertas que contribuíram para o avanço das ciências em diversas áreas. Mais as suas obras eram registradas por homens que levava os créditos então na sua maioria não tiveram seus trabalhos sendo representados por sua autoria.

No Egito, destaca-se a existência de Hatexepsute, uma faraó médica que organizava expedições a fim de descobrir novas plantas medicinais. Na Grécia Antiga, Theano foi aluna e posteriormente casou-se com Pitágoras e escreveu livros de Matemática e Física (ciências hoje).

        Na Grécia antiga Platão já permitia alunas em suas aulas seguindo as ideias pitagóricas. Porem os uniformes eram masculinos então as mulheres tinhas que se vestir como homens.

       Relembramos cientistas que lutaram pela representatividade e abriram os caminhos para que outras mulheres se interessassem pela ciência. 

Por volta de 370 d.C., Hipátia estudava Matemática e Astronomia e, em Alexandria, lecionou Matemática e Filosofia. Ela ficou conhecida como a primeira matemática da história e por ter inventado o densímetro, instrumento que permite medir a densidade de líquidos. Por defender o racionalismo científico grego, Hipátia acabou morrendo linchada por monges cristãos fundamentalistas. (ciências hoje).

      A alemã, Hildegarde Von Bingen redigiu, entre os anos 1151 e 1158, uma enciclopédia farmacêutica que descrevia trezentas plantas, minerais e metais com indicações terapêuticas.

     Na Itália onde se destacava a presença de mulheres em aulas de ciências e tinham muitos mestres de ciências tem uma representante de peso. Entre elas, a mais famosa foi a ginecologista e obstetra Trotula, que escreveu dois tratados médicos sobre a saúde da mulher.

     A francesa Émilie du Chatelet, que foi colaboradora de Voltaire e tradutora de Newton para o francês, além de publicar trabalhos que contribuíram para o desenvolvimento da física teórica no século XVIII.

    Outras cientistas francesas são Sophie Germain que, privada pelos pais de frequentar escolas, aprendeu sozinha a Matemática e, no início da carreira, usava um pseudônimo masculino para se corresponder com outros matemáticos e Marie-Anne Paulze, esposa de Antoine-Laurent Lavoisier. Ela traduziu diversas obras de químicos ingleses e, nas notas da tradução, escrevia críticas que permitiram avanços consideráveis na química.

    A partir de um determinado período sentiu-se a necessidade de reconhecer os trabalhos das cientistas dando a elas o reconhecimento e as assinaturas em seus trabalhos.

       A química Elizabeth Fulhame, primeira pesquisadora profissional fez três descobertas primordiais: as reduções metálicas, as catalises e as fotorreduções esse último deu origem as fotografias.

       A britânica Augusta Ada Byron King condessa de Lovelace – atualmente conhecida apenas como Ada Lovelace. Hoje é reconhecida por ter escrito o primeiro algoritmo processado por uma máquina.

       A polonesa Marie Curie é uma das poucas cientistas que conseguiu destaque e reconhecimento enquanto viva. Em 1903, ela se tornou a primeira mulher a receber o prêmio Nobel de Física e, em 1911, foi agraciada com o Nobel de Química, tornando-se a primeira pessoa a conquistar o prêmio duas vezes. Curie é conhecida como a “mãe da física moderna” pela pesquisa pioneira sobre a radioatividade e por descobrir e conseguir isolar isótopos dos elementos polônio e rádio.

     *  Elizabeth Blackwell foi a primeira mulher a receber um diploma de medicina nos Estados Unidos. Se formou em 1849, na Geneva Medical College, onde mais tarde sua irmã também concluiu o curso abrindo as portas para outras mulheres. (revista galileu).

     *   Bertha Lutz Filha do médico Adolfo Lutz e da enfermeira inglesa Amy Bruce Lee, Bertha seguiu os passos científicos dos pais e se tornou uma das maiores biólogas da história brasileira. Mas além da ciência, Bertha se dedicava a outra paixão: a luta pelos direitos da mulher.(revista galileu)

      *  Katherine Johnson, Katherine trabalhou durante 33 anos na Nasa e quebrou várias barreiras impostas às mulheres negras dentro da agência espacial. junto com suas colegas Dorothy Vaughan e Mary Jackson, a história de Katherine Johnson inspirou a história do filme “Estrelas Além do Tempo”, indicado a três Oscar. (revista galileu).

        * Mae Jemison, Astronauta, médica, empreendedora e fã de Star Trek. Foi se inspirando na tenente Uhura desde pequena que Mae Jemison se tornou a primeira mulher afro-americana a chegar ao espaço. 

        * Wangari Maathai, Laureada com o Prêmio Nobel da Paz de 2004, a professora queniana Wangari Maathai aliou políticas de preservação ambiental ao progresso feminino de seu país.

         No Brasil temos nossa representatividade em grandes cientistas que com seus trabalhos tende a desenvolver suas áreas. Vamos conhecer algumas

        Celina Turchi ficou conhecida por descobrir e desenvolver pesquisas sobre a relação entre o vírus Zika e a microcefalia. 

       Física e professora do (IF-UFRGS), Márcia Barbosa pesquisadora de gênero, o futuro do mercado de trabalho está na tecnologia e as mulheres devem ser motivadas a entrar neste setor.

         Ruth Sonntag Nussenzweig – Bióloga Se destacou por suas pesquisas, inicialmente, envolvendo a transmissão e prevenção da doença de Chagas. 

        SONJA ASHAUER (1923 – 1948) – FísicaSua tese estudava problemas em elétrons e radiação eletromagnética, assunto pioneiro para a época.

         Assim percebemos da importância da mulher na produção cientifica mundial e nacional. Atentando para a divulgação de maneira a que todos possam usufruir desse conhecimento sem discriminação de gênero econômica. 

         Para blindar mais esse texto em homenagem a produção cientifica feminina, lembramos que o prêmio Nobel de química de 2020 foi para duas mulheres pelo desenvolvimento do CRISPR, método de edição do genoma.

  • Emmanuelle Charpentier, francesa de 51 anos, é diretora do Instituto Max Planck de Biologia de Infecções em Berlim.
  • Jennifer Doudna, americana de 56 anos, é professora da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos.

        O Crispr/Cas9 é uma espécie de “tesoura genética”, que permite à ciência mudar parte do código genético de uma célula. Com essa “tesoura”, é possível, por exemplo, “cortar” uma parte específica do DNA, fazendo com que a célula produza ou não determinadas proteínas.

segundo o comitê do Prêmio Nobel, e está contribuindo para novas terapias contra o câncer.               A ferramenta também pode tornar realidade o sonho de curar doenças hereditárias.

         Por essas e outras produções cientifica é que temos que parabenizar as cientistas no mês do setembro amarelo, pois é um mês que representa a luta contra o câncer de mama. Já que os seus estudos é o princípio para um possível surgimento da cura do câncer. 

 Parabéns as mulheres na ciência:


Referencias 

  • Revista ciências hoje
  • Revista galileu 
  • RBF (revista brasileira de física 

Gilmar cigano

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