Abril verde

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Por Marcos Sampaio – Terça, 12 de abril de 2022

O Abril Verde é um movimento criada pelo sindicato canadense, após um acidente no estado de Virgínia, Estados Unidos, que matou 78 pessoas no ano de 1969. 

No Brasil, foi instituindo o dia 28/04 como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, através da Lei 11.121 de maio de 2005. Com isso os órgãos públicos e instituições engajadas nas questões relativas aos acidentes de trabalho aderem à Campanha Abril Verde, como forma de promover a conscientização sobre a importância da segurança e saúde do trabalhador brasileiro. E parte do pressuposto de que se pode fazer mais por um trabalho saudável e sem acidentes, por meio da disseminação de informações qualificadas que fortaleçam a cultura de prevenção de acidentes no ambiente de trabalho.

Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), atualmente, entre mais de 200 países, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking das nações que mais registram mortes durante atividades laborais. 

Ações integradas em todas as unidades do MPT e da Justiça do Trabalho são promovidas em abril para chamar a atenção da sociedade para a necessidade de reduzir essa estatística.

A Previdência Social registra por ano cerca de 700 mil casos de acidentes e, segundo dados do Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho, o país chega a contabilizar uma morte por acidente em serviço a cada três horas e 40 minutos.

Em 2017, último relatório oficial divulgado, o Brasil registrou 450.614 acidentes, sendo 340.229 acidentes típicos, 100.685 acidentes de trajeto e 9.700 doenças do trabalho. Foram contabilizados ainda 98.791 acidentes sem CAT.

Os acidentes atingem todas as idades em vários níveis de incidência. A maioria ocorre com trabalhadores entre 20 e 39 anos. A relação entre gêneros mostra que a incidência é maior no gênero masculino (300.549) do que no feminino (150.054).

Esses números nos mostram que apesar de existir legislações relacionado ao tema, o nosso país precisa evoluir, afinal saímos de casa dos todos dias para trabalhar e não para se acidentar. 

Marcos Sampaio

Engenheiro e Consultor em Saúde, Segurança e Meio Ambiente

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