Dois investigados na Operação Rochedo se apresentam na sede da PF em Salvador

Brasil justiça News

Sábado, 07 de Maio de 2022

Dois investigados na Operação Rochedo (leia mais aqui), que investiga fraudes em licitações nas áreas de saúde e educação, se apresentaram na sede da Polícia Federal, em Salvador, neste sábado (7) e tiveram mandado de prisão temporária decretada pela 2ª Vara Federal da capital.

Em nota divulgada, a PF informou que cinco pessoas já foram presas em decorrência da operação. Na última quinta-feira (5), além do ex-prefeito da cidade de Ibititá, conhecido como Cafu, outras duas pessoas foram presas. A Polícia Federal cumpriu 31 mandados de busca e apreensão em Salvador e outras seis cidades do interior da Bahia.

Ainda conforme a PF, na tarde desta sexta-feira (6), após audiência de custódia, as três primeiras prisões realizadas na última quinta-feira foram mantidas pela Justiça Federal, inclusive a do ex-gestor de Ibititá, Cafu Barreto.

Uma aeronave, registrada em nome de empresa do ex-prefeito, foi apreendida. Além de preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, ele cumpre mandado de prisão temporária na sede da Polícia Federal, em Salvador.

Além do prefeito, o grupo era formado por empresários, agentes públicos, advogado, contadores e “laranjas” (leia mais aqui). A estimativa é que a organização desviou mais de R$ 7 milhões durante as gestões de Cafu.  Vale registrar que as contas da Prefeitura Municipal de Ibititá/BA do exercício de 2020 foram rejeitadas pelo TCM/BA.

Segundo a PF, entre 2013 e 2020, “o governo federal repassou vultosos recursos para o município de Ibititá oriundos do Pnate (Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar), do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), contratos de repasse, pagamento de parcela dos “precatórios do Fundef” (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), bem como recursos destinados ao combate da pandemia de Covid-19”.

Nas investigações foi revelado que a Orcrim se apropriou de grande parte desses recursos por meio de licitações com suspeitas de fraudes, superfaturamento de contratos e lavagem de dinheiro. No período de 2013 a 2016, a PF diz que uma única empresa de construção civil firmou 15 contratos superfaturados com o Município de Ibititá, no valor de R$ 11 milhões. Essa mesma empresa, no mesmo período, repassou parte significativa desses valores para empresas constituídas em nome de “laranjas” do ex-gestor.

Fonte: Bahia Notícia

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