Montagem/AFP/Reuters

EUA mandam submarino com 20 mísseis nucleares após disparos e soldado detido na Coreia do Norte

EUA Mundo

Diante de tensão extrema na região, submersível USS Kentucky é o primeiro desse tipo a ancorar na Coreia do Sul em mais de 40 anos

A tensão na península da Coreia se agravou depois de dois episódios recentes: primeiro, um soldado americano cruzou a fronteira, aparentemente de forma voluntária, e está sob custódia na Coreia do Norte. Depois, na quarta passada (12), a Coreia do Norte lançou o míssil “mais sofisticado de seu arsenal”. Hoje, a ditadura de Kim Jong-un disparou mais dois mísseis balísticos em direção ao mar.

Com esses novos episódios, os Estados Unidos enviaram para a região o USS Kentucky, um submarino nuclear capaz de carregar até 20 unidades do míssil balístico submarino Trident-II (SLBM), que pode ser equipado com ogivas atômicas de até 450 quilotons e tem alcance de cerca de 12 mil quilômetros.

A chegada do submersível, na última terça-feira (18), a Busan, a 350 km da capital sul-coreana, Seul, reflete o compromisso de Washington de fortalecer seu mecanismo de dissuasão contra a Coreia do Norte. Trata-se do primeiro submarino de propulsão atômica a visitar a Coreia do Sul em mais de 40 anos.

Os Estados Unidos se comprometeram a reforçar a chamada “dissuasão estendida”, por meio da qual protege seu aliado e busca desencorajar a Coreia do Norte a avançar com o desenvolvimento de armas de destruição em massa.

A chegada do submarino reforça o posicionamento periódico e temporário de outros meios estratégicos americanos na península, como porta-aviões de propulsão nuclear ou bombardeiros.

A presença do submarino já causou irritação na Coreia do Norte. Kim Yo-jong, irmã do líder Kim Jong-un, acusou Washington de realizar ataques aéreos.

Após o fracasso das negociações de desnuclearização de 2019, as tensões aumentaram novamente na península coreana, com Pyongyang rejeitando qualquer oferta de diálogo e realizando um número recorde de testes de mísseis

Por outro lado, Seul e Washington retomaram seus grandes exercícios conjuntos, e periodicamente ativos estratégicos dos EUA vêm sendo implantados na região.

Fonte: R7