Terça-Feira, 09/01/2024 – 00h00
Por Mauricio Leiro
A super federação do União Brasil, o PP e o Republicanos, não tem sido debatida na bancada de deputados federais do partido ligado à Igreja Universal. Ao Bahia Notícias, o presidente do Republicanos na Bahia, Márcio Marinho, sinalizou que existem algumas dificuldades locais para o ajuste e possui um sentimento de que “essa federação não vai vingar”.
“A gente sempre tem no partido, por parte de Marcos Pereira, o cuidado ao tomar uma decisão, sempre consultar a bancada do partido e isso não aconteceu. Pelo Republicanos, só olhar as redes as sociais do presidente Marcos Pereira. Tenho ouvido o prefeito [Bruno Reis] falar, ainda hoje tem matéria na imprensa. Não tem nada de discussão dentro da bancada sobre ‘super federação’. Existem vários problemas regionalizados, para dificulta uma federação dessa. Tem lugares que os partidos estão em campos opostos. Isso dificulta qualquer tipo de federação. O presidente quer manter os deputados integrados, ele não deve tomar decisão só”, revelou Marinho.
Outro impecilho apontado por Marinho foi a movimentação de fusão ocorrer em um ano eleitoral. “Tem vários problemas regionalizados, municipais. Esses partidos estão em campos opostos. Boa parte do PP, boa parte na base do governo, em Salvador com Bruno Reis. Outros municipios, tem disputa entre nós e o União Brasil. O PP e o Republicanos. Faz parte da vida politica de cada municipio”, completou.
Recentemente, o prefeito de Salvador, Bruno Reis comentou que as conversas estariam “bem avançadas” e a federação “praticamente certa” para acontecer. A dúvida que paira é em relação a quando o movimento será concretizado.
“Se ocorrer antes, a gente passa a ter um limitador, porque o partido sozinho ou federado lança a mesma quantidade de vereadores, que são 44 candidatos. Nós teríamos, fruto dessa federação hoje,15 vereadores e uma série de candidatos fortes. Teremos que sentar, fazer conta, para ver se era melhor deixar esses 15 para fortalecer ainda mais ou se vamos redistribuir em outros partidos”, avaliou o prefeito.
Apesar do indicativo, de acordo com informações obtidas pelo Bahia Notícias, a bancada baiana do Progressistas não teria total interesse na federação. Ao BN, algumas lideranças do PP no estado indicaram que as negociações ainda são iniciais, podendo não ocorrer em 2024. Na última quinta-feira (4), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União) apontou que existe um grande avanço para a concretização da federação, podendo ser realizada até mesmo antes das eleições deste ano (relembre aqui).
BANCADA DE VEREADORES
Outro ponto que “travaria” a federação entre as três legendas é a formação da chapa nominal de vereadores em Salavador, após a eventual federação. Com os partidos reunidos, o novo “bloco” teria ao menos 15 vereadores eleitos em busca da renovação do mandato em 2024.
“Na verdade você imagine, juntar os vereadores do União, Republicanos e PP. Vai ser uma briga no escuro. Não só em Salvador”, apontou o presidente do Republicanos.
Fonte: Bahia Noticias