Médico assassinado em MS integrava grupo de estelionato e foi morto por cobrar dívida de R$ 500 mil, diz polícia

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Investigadores ainda não ouviram a principal suspeita do crime, mas acreditam que ela tenha encomendado a morte sozinha

Anderson Oliveirada CNN* – Quarta, 9 de agosto de 2023

O médico Gabriel Paschoal Rossi, 29, encontrado morto em Dourados (MS) com mãos e pés amarrados, na segunda-feira (7), integrava um grupo de estelionatários e foi morto por cobrar uma dívida de R$ 500 mil à quadrilha.

A informação foi divulgada pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul em coletiva de imprensa nesta terça-feira (8).

A cobrança da dívida teria sido feita à principal suspeita da morte, uma mulher identificada pela polícia apenas como Bruna. Ela ainda será ouvida pelos investigadores.

Segundo a polícia, Gabriel teria começado a cobrar Bruna da dívida e ameaçando entregar o grupo à polícia.

Para a polícia, Paschoal Rossi participava de golpes de estelionato antes mesmo de ter se formado em medicina. Ele estaria em um esquema de fraude de cartões.

No entanto, os investigadores trabalham com a hipótese de que o médico não sabia da quadrilha em si e de que mantinha contato apenas com Bruna.

A mulher teria investido R$ 150 em pagamentos aos executores, passagens e despesas, segundo a investigação. Durante o crime, Bruna não teria ido ao local do assassinato, mas apenas coordenado a ação.

Após a execução, a mulher pegou o celular da vítima, leu as mensagens e aplicou golpes nos amigos dele, além de ter esvaziado uma das contas bancárias que conseguiu acessar pelo aparelho.

VÍDEO – Médico é encontrado morto com pés e mãos amarrados

A polícia já descarta o envolvimento de outras pessoas da quadrilha de estelionatários no assassinato do médico. Sobre os homens que executaram o médico, presos na segunda-feira, a polícia informou que foram contratados especialmente para realizar o crime.

Na casa onde o corpo foi encontrado, os agentes também encontraram aparelhos de tortura e choque, uma caixa com o nome da suspeita que ela teria esquecido. ” A tortura foi quando foi feita a asfixia e a perfuração”.

Relembre o caso

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul prendeu na manhã de segunda-feira (7) quatro suspeitos de matar o médico Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos. As prisões aconteceram em Pará de Minas (MG), com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Civil de Minas Gerais.

Paschoal Rossi foi encontrado morto em uma casa em Dourados (MS), cidade onde morava e trabalhava, na quinta-feira (3). Ele estava desaparecido desde o dia 29 de julho.

Ele era natural de Santa Cruz do Sul (RS), onde foi sepultado no último sábado (5).

médico foi encontrado deitado com os pés e as mãos amarrados, já em estado de decomposição, vestindo uma roupa de hospital com o seu nome, em uma casa utilizada para locação.

Os investigadores chegaram até o corpo depois de uma vizinha  acionar a Polícia Militar por causa do cheiro de decomposição.

Ela também disse à polícia que o carro de Gabriel estava estacionado em frente à casa havia dias. De acordo com a Polícia Civil, o médico estaria morto há mais de quatro dias.

*Publicado por Pedro Jordão, da CNN

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