Ministro da Saúde quer um milhão de vacinados por dia no Brasil já em abril

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira, 31, que a meta do governo é vacinar, diariamente, um milhão de pessoas contra a Covid-19 no Brasil. Além disso, afirmou que o objetivo pode ser atingido já neste mês de abril, a partir da entrega de mais doses dos imunizantes da CoronaVac e da AstraZeneca. As informações são do Valor Econômico.

Segundo Queiroga, existem 37 mil salas de vacinação no País e que estas podem vacinar 2,4 milhões de brasileiros todos os dias. No entanto, ele admitiu que há uma subnotificação dos imunizados por dificuldades de comunicação dos Estados e municípios.

“Não posso ser a solução [para a pandemia], vim me somar aos senhores para termos uma série de ações no enfrentamento à pandemia. As vacinas são a solução. Temos 37 mil salas de vacinação no Brasil e elas podem vacinar 2,4 milhões de brasileiros todos os dias. O nosso principal problema é que não temos uma regularidade dessas doses de vacina. Elas são distribuídas assim que chegam ao país. Já distribuímos quase 35 milhões de doses, mas temos notificação que apenas 13 milhões foram aplicadas. Isso não significa que as outras não foram aplicadas, há subnotificação. Precisamos de uma notificação rápida”, explicou, durante audiência pública na Câmara dos Deputados.

“Nosso objetivo é atingir um milhão de vacinados por dia no Brasil e nós temos confiança que vamos atingir essa meta”, completou.

O ministro, que assumiu o cargo há oito dias, elencou ações que foram tomadas no Ministério, sobre a sua gestão. “Já me reuni com diversos secretários estaduais e municipais de saúde para ampliar o diálogo. Abrimos uma comunicação maior com a imprensa. Tenho entrado no Ministério da Saúde pela porta da frente, que é onde o ministro tem que chegar”, afirmou.

Queiroga também concordou sobre a dificuldade da pasta em garantir os insumos para o “kit intubação”, que é necessário para atendimento de pacientes mais graves.

“Temos problemas com insumos estratégicos para o kit intubação”. O Ministério da Saúde tem sido tenaz para acompanhar os estoques da indústria farmacêutica”, afirmou. “Nos preocupa o fato de termos uma mortalidade elevada, que em alguns lugares, beira os 80%. Precisamos salvar as pessoas e confortar o sofrimento. Qual é a solução? Não tem vara de condão”.

“O Brasil produz oxigênio, mas a dificuldade é levar esse oxigênio na forma líquida para todo o território nacional. Estamos importando caminhões, precisamos chegar ao número de 50 caminhões e estamos fazendo acordo com o Canadá”, comentou sobre os problemas com a distribuição de oxigênio líquido.

Quanto às discussões para que a iniciativa privada também possa fazer a aquisição de vacinas e imunização das pessoas, o ministro se mostrou contrário. “Pessoalmente eu entendo que o SUS deve ser o condutor da política de vacinação, mas em respeito ao Congresso e ao Palácio do Planalto temos que acolher possibilidade de a iniciativa privada trazer vacinas”, disse.

“Um dos meus primeiros atos foi publicar uma portaria que obriga o uso de máscaras dentro do Ministério da Saúde”, contou. “Assumi o Ministério da Saúde há oito dias, não parei um minuto e vou trabalhar para restabelecer um novo cenário [no enfrentamento à pandemia]. Não vim aqui [governo federal] para fazer política e peço um voto de confiança dos senhores”, concluiu.

Fonte: A tarde

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