Advogado de Lula enfrenta sabatina no Senado para ocupar vaga no Supremo
Começou por volta das 10 horas da manhã desta 4ª feira (21.jun), a sabatina de Cristiano Zanin na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ). O advogado de Lula foi indicado para ocupar vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Depois da sabatina, a CCJ elabora um parecer que é enviado ao plenário da Casa. É quando todos os senadores votam para decidir se a indicação do presidente da República pode continuar e Zanin tomar posse na Corte. Para ser aprovado, é necessário o voto de ao menos 41 dos 81 senadores.
Na apresentação inicial, que ocorre antes dos questionamentos dos membros da Comissão de Constituição e Justiça, Zanin agradeceu as conversas que teve com senadores desde a indicação, em maio.
“Sempre defendi e defenderei o cumprimento da constituição da República e das leis. Primo pelo mais profundo respeito ao espaço constitucional, individual ou coletivo, a fim de sempre zelar pela independência e harmonia entre os Poderes da República. Por isso, procurei todos os partidos no cumprimento do dever litúrgico do Senado para falar sobre minha indicação para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal”, defendeu.
O advogado afirmou que “posições democráticas estão acima de quaisquer outros interesses”. “Sinto-me honrado e grato por estar aqui neste momento e humildemente me apresento para o crivo de estatura de vossas excelências para, caso seja aprovado, vir a exercer o honroso cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal”, disse.
Em outro momento, Zanin rebateu críticas que recebeu sobre o trabalho dele na advocacia e na defesa dos clientes.
“Alguns me rotulam como advogado pessoal porque lutei pelos direitos individuais mesmo contra a maré, sempre respeitando as leis brasileiras e a Constituição. Também há quem me classifique como advogado de luxo porque defendi estritamente com base nas leis brasileiras causas empresariais de agentes institucionais importantes para a economia e que empregam milhares de pessoas. E ainda me chamam de advogado de ofício, como se fosse um demérito injustificável. De novo, respondo que sempre procurei desempenhar minha função acreditando no que é mais caro para qualquer profissional do direito: a justiça”, defendeu.
“Sei a distinção dos papéis entre um advogado e um ministro do Supremo Tribunal Federal, uma vez aprovado por este Senado. Saibam, senhoras senadoras, senhores senadores, que na verdade eu não vou mudar de lado, pois meu lado sempre foi o mesmo: o lado da Constituição, das garantias, amplo direito de defesa e do devido processo legal”, finalizou Zanin.
Fonte: SBT News